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Campo Expandido

A vontade que já sentia de fazer outras coisas criativas, para além da pintura bidimensional, rompeu forçosamente no confinamento e nas arrecadações lá de casa.

A necessidade de criar em suportes reciclados, de pensar com as mãos, é uma chegada a outro lugar, com dimensões, limites, convenções e materialidade diferentes. É a afirmação do corporal, do tátil e é um desafio pelas qualidades desiguais. É como pintar sempre pela primeira vez.

A influência definitiva foi homenagear minha mãe, falecida na pandemia, com o crochet que em toda a sua vida produziu.

A pintura expandida e a bidimensional convivem e são para mim universos paralelos e dão corporeidade a sentimentos e energias, que permite uma linha de identidade e ligação.

É gratificante a importância da presença do objeto e da historia associada e a resignificação. São materiais do quotidiano, retirados do contexto habitual e que maioritariamente são meus, de meus pais e também já os amigos contribuem.

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