

“O que vemos, é a nossa interpretação do que somos e conhecemos. O que somos, é a nossa interpretação do que sentimos e experienciamos.”
Filomena Silva Campos
A sua grande paixão é a mente humana na paisagem, seja a sua, a de outros ou a consciência coletiva.
Renasce a cada tema ou por revolta, indignação ou contemplação.
Defensora da condição da mulher no mundo e da natureza, desde os dezanove anos que pertence a associações culturais para a divulgação e educação da arte. Acredita que a identidade de um povo está na sua cultura e por isso o seu ensino deve começar bem cedo nas escolas.
Foi fundamental viver outra existência para chegar ao que chama o seu destino, visto que os acontecimentos na sua vida a levariam constantemente às artes plásticas.
Os elementos plásticos que ocupam a sua pintura, entre ritmos fonológicos e gestualidade caligráfica, correspondem a registos fotográficos que os integra no seu trabalho. A dimensão estética incorpora na experiencia das viagens a civilizações diferentes e no vinculo com os direitos humanos.
Considera-se uma artista da experimentação, integrando a pintura, escrita, fotografia, desenho/ilustração, encaustica e cerâmica experimental, assim como os diversos materiais que utiliza.
Todo o seu pensamento seduzido pelos opostos, baseia-se na dicotomia.
Facetas opostas que se atraem formando um equilíbrio singular em acumulações que transfiguram uma personalidade. Corpo e mente, emoção e razão, subjetividade e objetividade, traços rígidos e gestos livres, texturas espessas e finas, construção e desconstrução.
“You must forget all your theories, all your ideas before the subject. What part of these is really your own will be expressed in your expression of the emotion awakened in you by the subject.”
Henri Matisse